Discriminação, salários baixos, falta de proteção social ou exposição excessiva a acidentes laborais, são problemas que afetam cerca de dois mil milhões de trabalhadores em todo o mundo
Discriminação, salários baixos, falta de proteção social ou exposição excessiva a acidentes laborais, são problemas que afetam cerca de dois mil milhões de trabalhadores em todo o mundoUm relatório publicado esta quarta-feira, 7 de outubro, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), revela que cerca de dois mil milhões de pessoas, o equivalente a dois terços dos trabalhadores em todo o mundo, não têm contrato laboral, sofrem de discriminação, ganham salários inferiores às suas capacidades, carecem de proteção social ou estão expostos a acidentes ou doenças profissionais. a primeira conclusão deste relatório é que a maioria dos trabalhadores a nível mundial não sabe o que é um trabalho decente, e um trabalho decente é a melhor forma de lutar contra a pobreza, sublinhou Judith Carreras, conselheira do gabinete da OIT em Espanha, durante a apresentação pública do documento. Segundo os responsáveis da organização, mais de 200 milhões de pessoas nem sequer têm trabalho – mais 30 milhões do que antes da crise internacional -, e entre estas, 74 milhões são jovens. Por outro lado, estima-se que existem 168 de crianças no mercado laboral e 21 milhões de pessoas que são exploradas em condições de trabalho forçado. Devido ao aumento da população ativa, que em 2020 deverá chegar aos 3,6 mil milhões de pessoas, será necessário criar mais de 600 milhões de empregos até 2030, ou seja, perto de 40 milhões de empregos por ano, alerta a OIT.