O governo colombiano e as Forças armadas Revolucionárias da Colômbia chegaram a um acordo considerado decisivo para a paz no país. Documento final deverá ser assinado nos próximos seis meses
O governo colombiano e as Forças armadas Revolucionárias da Colômbia chegaram a um acordo considerado decisivo para a paz no país. Documento final deverá ser assinado nos próximos seis meses após três anos de negociações, o governo colombiano e as Forças armadas Revolucionárias da Colômbia (FaRC) anunciaram quarta-feira, 23 de setembro, ter chegado a um acordo para o restabelecimento da paz no país. O anúncio foi saudado pelo porta-voz do Vaticano, pelo Presidente de Cuba, que serviu de mediador no processo, e pelo secretário de Estado norte-americano. Este anúncio representa um avanço histórico para o acordo de paz final, para acabar com mais de 50 anos de conflito armado. a paz está agora mais próxima do que nunca para o povo colombiano e milhões de vítimas do conflito, afirmou o governante norte-americano, John Kerry. O Papa expressou muitas vezes no passado, e recentemente, o seu interesse nestes esforços de paz e estará seguramente muito feliz. agora, todos esperamos o acordo final, acrescentou, por sua vez, o padre Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sé. Já o Presidente cubano, Raúl Castro, reconheceu existirem ainda enormes dificuldades para superar no caminho para a paz na Colômbia, mas manifestou-se apostado em continuar a lutar por esse objetivo, sublinhando a convicção de que todos os obstáculos serão vencidos. O acordo prevê a criação de um tribunal especial para a paz, a concessão de uma amnistia para os delitos políticos por parte do Estado, ficando de fora os crimes que na legislação colombiana estejam tipificados como sendo de lesa-humanidade, genocídio ou graves crimes de guerra. Contempla ainda a entrega das armas pelas FaRC num prazo de 60 dias.