Expulsão massiva de cidadãos colombianos por parte das autoridades venezuelanas está a causar «uma crise humanitária» na fronteira entre os dois países, segundo os responsáveis das Nações Unidas
Expulsão massiva de cidadãos colombianos por parte das autoridades venezuelanas está a causar «uma crise humanitária» na fronteira entre os dois países, segundo os responsáveis das Nações Unidas a diretora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento na américa Latina, Jessica Faieta, manifestou-se preocupada, esta semana, com a crise bilateral entre a Venezuela e a Colômbia, que culminou com a expulsão massiva de cidadãos colombianos determinada pelas autoridades de Caracas. Não é a primeira fronteira onde existem intercâmbios de população e ocorrem problemas de contrabando. São problemas mais estruturais que obviamente devem ser tratados entre os dois países, num diálogo respeitoso, afirmou a responsável. O espaço fronteiriço foi encerrado o mês passado, após um tiroteio entre militares venezuelanos e contrabandistas colombianos, acusados de enriquecer com a venda de produtos subsidiados e desse modo agravarem as dificuldades económicas da Venezuela. Em consequência, mais de 1. 400 colombianos foram deportados e outros 18 mil decidiram regressar voluntariamente ao seu país de origem, para evitar o clima de tensão e violência. Na quarta-feira, 9 de setembro, a crise assumiu contornos mais políticos, com o Presidente venezuelano Nicolás Maduro a acusar o seu homólogo colombiano, Juan Manuel dos Santos, de ter ofendido a Venezuela quando disse que a revolução bolivariana se está a autodestruir.