Jovens voluntários portugueses ajudaram estudantes moçambicanos a criar uma associação de estudantes, algo inédito naquela região
Jovens voluntários portugueses ajudaram estudantes moçambicanos a criar uma associação de estudantes, algo inédito naquela região

O grupo de voluntários que esteve em Maúa (Moçambique) regressou a casa no passado dia 26 de agosto, após quarto semanas de uma experiencia que ficará para sempre na memória. Parte desta memória inclui o grupo Jovens Organizados para o Desenvolvimento da Sociedade (JODS). Este foi o desafio maior que enfrentaram após a chegada a esta nossa missão inserida na diocese de Lichinga, localizada na região norte do Niassa, bem como o fruto mais visível e final desta experiência.

No início, as perspetivas não eram muito encorajadoras porque os alunos do Ensino Secundário aberto de Moçambique (ESaM), escola secundária que pertence à diocese e situada perto da nossa paróquia de Maúa, estavam em exames e, depois de terminados os mesmos, iriam quase todos para férias. Mas os nossos jovens voluntários não desistiram e deitaram mãos à obra: elaboraram um projeto de formação com o intuito de sensibilizar os estudantes que aderiram à proposta de criarem uma associação de estudantes, algo inédito para eles e para a própria escola.

após uma análise dos principais problemas e desafios que a sociedade lhes coloca, delinearam uma lista de temas para trabalhar sob forma de palestras e outras iniciativas de sensibilização social, começando pela própria escola. Para tal contam com o apoio de várias entidades, começando pelo conselho pedagógico do ESaM. Seguem-se os departamentos da cultura, saúde, desporto e ambiente do conselho distrital. Na apresentação formal desta associação estaveram presentes os responsáveis de três destes departamentos, bem como o nosso missionário, padre Carlo Biella. a primeira palestra, programada para o fim de setembro, terá como tema a luta contra as drogas e o álcool.

Mas o desafio maior será o da continuidade desta associação, ou seja, os alunos são todos do 10. º e 11. º ano, sendo necessário que outros mais novos entrem nas suas fileiras num futuro próximo e que entre estes estejam mais raparigas, uma vez que o grupo atual tem apenas elemento do sexo feminino. a voz das mulheres não pode permanecer ignorada. E assim o desafio está prestes a germinar, esperando que dê muito fruto.