Na sequência da descoberta sinistra dos corpos de mais de 70 pessoas dentro de um camião abandonado perto da fronteira austro-húngara o secretário-geral da ONU pediu à comunidade internacional que dê respostas abrangentes ao movimento de pessoas
Na sequência da descoberta sinistra dos corpos de mais de 70 pessoas dentro de um camião abandonado perto da fronteira austro-húngara o secretário-geral da ONU pediu à comunidade internacional que dê respostas abrangentes ao movimento de pessoasCapturar os traficantes de pessoas e a resolução de conflitos em curso são questões que não podem ficar de fora de uma abordagem global que a comunidade internacional tem de fazer sobre a questão da migração, num momento em que o mundo – em especial a Europa – vive a maior crise de refugiados desde a II Guerra Mundial.

Estou horrorizado e com o coração partido, pela perda de vidas de refugiados e de migrantes no Mediterrâneo e na Europa, declarou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, depois da descoberta de 71 corpos num veículo abandonado, próximo da fronteira da Áustria com a Hungria, e de relatos que testemunham que muitas das vítimas eram sírias requerentes de asilo – incluindo crianças.

Os últimos dias trouxeram ainda mais notícias de centenas de refugiados e migrantes afogados em viagens perigosas no mar, continuou Ki-moon, que notou que, apesar dos esforços concertados e louváveis “‹”‹da operação conjunta europeia de busca e resgate – que já salvou dezenas de milhares de pessoas – o mar Mediterrâneo continua a ser uma armadilha mortal para estas pessoas que arriscam a sua travessia.

Estas tragédias que se repetem sublinham a crueldade dos traficantes de pessoas, cujas atividades criminosas se estendem desde o mar de andaman, no subcontinente indiano, ao Mediterrâneo e estradas da Europa. Ki-moon também destacou o desespero destas pessoas que procuram proteção ou uma nova vida.