Numa carta enviada às mais altas autoridades do Iraque, Mar Sako, patriarca de Bagdade, pede um governo onde estejam representadas «todas as componentes» do país, com políticos «altamente í­ntegros e profissionais»
Numa carta enviada às mais altas autoridades do Iraque, Mar Sako, patriarca de Bagdade, pede um governo onde estejam representadas «todas as componentes» do país, com políticos «altamente í­ntegros e profissionais»O patriarca Mar Sako propõe um governo de emergência nacional, onde estejam representados xiitas, sunitas ou curdos, árabes, cristãos ou yazidis, para garantir a salvação e a unidade neste período crítico.
Desde há muito tempo, o Iraque vive atravessado por um profundo desencontro político, que se reflete na luta política e armada entre sunitas e xiitas (sendo estes últimos a maioria no país) e é causa de violências, atentados e divisões.
Insere-se neste contexto a guerra desencadeada pelo autoproclamado Estado Islâmico, que conquistou amplas posições no terreno, sobretudo no norte (Mosul) e no oeste.
Às violências junta-se o problema da corrupção e da má administração, que o governo atual procura combater na tentativa de restituir a unidade e a solidez ao país.
Mar Sako adverte que as reformas devem ser discutidas com sensatez para que tenham legitimidade aos olhos dos cidadãos. São precisas, além disso, reformas urgentes para fazer sair o Iraque da situação de emergência que tem posto em perigo a própria existência do Estado.