Manuel Joaquim Gomes Barbosa, 57 anos, da congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus ” Dehonianos “, é reitor do Seminário de alfragide e secretário da Conferência Episcopal Portuguesa. Entrou no seminário aos 10 anos e foi ordenado sacerdote aos 26
Manuel Joaquim Gomes Barbosa, 57 anos, da congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus ” Dehonianos “, é reitor do Seminário de alfragide e secretário da Conferência Episcopal Portuguesa. Entrou no seminário aos 10 anos e foi ordenado sacerdote aos 26Fátima Missionária Lembra-se do momento em que decidiu seguir a vida de consagrado? Como foi construindo essa vocação? Manuel Barbosa Entrei cedo no seminário e fui crescendo com alguma intenção missionária, incutida pelos padres e missionários que por lá passavam e nos entusiasmavam. Mas só pelos 17 anos pensei mais a sério na vocação. Quando terminei o 12º ano, era habitual pedir para ir para o Noviciado. Na altura, já como postulante, pedi mais um ano de espera para refletir, frequentando ao mesmo tempo o primeiro ano do curso de filosofia em Coimbra. Esse ano foi precioso para tomar uma decisão de vida, que hoje renovo em cada dia. FM Como prepara as suas homilias? É difícil chegar ao coração de todos os fiéis presentes na assembleia? MB Preparo a homilia lendo calmamente os textos bíblicos, procurando ver o que dizem à minha vida, sem a preocupação de ver como os propor à assembleia. a partir daí tento ver alguns pontos de partilha que possam ser de bom anúncio para a vida das pessoas. acredito que os fiéis são capazes de perceber a Palavra com a minha singela ajuda. FM É mais fácil celebrar a Eucaristia ou ser porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa? MB Não são coisas comparáveis. Celebrar a Eucaristia é da essência da vida cristã, que deve ser para sempre e todos os dias; ser porta-vozda CEP é um serviço para um determinado período e que exerço o melhor que sei e posso, na confiança de quem me pediu esse serviço. Tento viver com alegria e serenidade quer a centralidade eucarística da minha vida quer esta missão que me foi confiada. O mesmo acontece com outras tarefas que me são pedidas na congregação.como costumo dizer, nem se trata de ser fácil ou difícil, mas de manter a exigência interior no que sou e onde estou. FM Tem saudades de partir em missão para as periferias, como pede o Papa Francisco? Onde gostaria de fazer trabalho pastoral, fora de Portugal? MB Estou em missão seja onde for, mesmo nas periferias que estão mesmo ao lado; basta abrir os olhos com coração disponível. Mas mantenho o desejo, que ainda não se concretizou, de partir para outras terras; por exemplo, para angola, onde ajudei a iniciar a presença dehoniana há 12 anos. a minha atitude de sempre é estar disponível, seja onde for, para servir a Igreja de Jesus Cristo, ajudado pela espiritualidade que recebi do Padre Dehon.