a situação humanitária no Iémen atingiu proporções «catastróficas» e as diplomacias ocidentais continuam a manifestar «uma falta de interesse geral» em relação ao problema, denuncia o presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha
a situação humanitária no Iémen atingiu proporções «catastróficas» e as diplomacias ocidentais continuam a manifestar «uma falta de interesse geral» em relação ao problema, denuncia o presidente do Comité Internacional da Cruz VermelhaEnquanto no campo de batalha se agudizam os combates, e perante a perceção da falta de interesse geral das diplomacias ocidentais, a situação humanitária no Iémen é simplesmente catastrófica, denunciou esta semana o presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Peter Maurer, depois de uma visita de três dias ao país. Todas as famílias do Iémen foram tocadas pelo conflito. O mundo tem de abrir os olhos para o que está a acontecer, afirmou o responsável, reforçando o pedido aos grupos armados para que se sentem à mesa das negociações e deixem passar livremente os alimentos de emergência, água e medicamentos. Desde a entrada no conflito da arábia Saudita, que decidiu apoiar o Presidente abd Rabu Hadi, exilado em Riad, o cenário de crise política e social agravou-se de forma dramática. Os rebeldes xiitas foram forçados a retirar-se depois de terem perdido Áden, a maior cidade portuária do sul, e os combates colocaram restrições às importações que se revelaram trágicas para a população. No seu mais recente relatório sobre o Iémen, a Organização Mundial de Saúde informa que, desde março, já se registaram no país mais de 4. 300 mortos e milhares de feridos. No total cerca de 21 milhões de pessoas necessitam de auxílio ou proteção e 1,3 milhões são considerados desalojados internos.