Victoria Tauli-Corpuz pede ao governo brasileiro que tome medidas concretas para evitar que o povo Guarani Kaiowá seja retirado das suas terras, no estado do Mato Grosso do Sul
Victoria Tauli-Corpuz pede ao governo brasileiro que tome medidas concretas para evitar que o povo Guarani Kaiowá seja retirado das suas terras, no estado do Mato Grosso do Sul Preocupada com os relatos de que a polícia estaria prestes a despejar cerca de 6. 000 indígenas das suas terras tradicionais, no Mato Grosso do Sul, no Brasil, a especialista das Nações Unidas em direitos humanos dos indígenas, Victoria Tauli-Corpuz, lançou um apelo ao governo brasileiro para que garanta a segurança e a proteção das comunidades ameaçadas. a responsável está preocupada com a situação, pois considera existir um clima de desconfiança relacionado com casos de violência e disputa de terras, reivindicadas por fazendeiros e outros grupos com interesses comerciais agrícolas na região. Por isso, recorda ao executivo brasileiro que os indígenas não podem ser forçados a sair dos seus territórios, tendo em conta o previsto na Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas. Segundo a Rádio ONU, Tauli-Corpuz sublinha ainda que o realojamento não pode ocorrer sem o livre consenso dos indígenas, que também devem ser informados com antecedência de qualquer mudança, receber uma compensação justa e manter a opção de regressar à terra que já era ocupada pelos seus antepassados. O povo Guarani Kaiowá vive há séculos no Mato Grosso do Sul, mas desde 1920 que tem vindo ser obrigado a sair das suas terras. as expulsões são muitas vezes promovidas por milícias armadas, que têm desenvolvido uma campanha para espalhar o terror psicológico, lamenta a especialista em direitos humanos.