Relatório da Cáritas italiana revela um «aumento preocupante» da intolerância religiosa em todo o mundo. E estima que mais de 100 milhões de cristãos sejam vítimas de discriminação
Relatório da Cáritas italiana revela um «aumento preocupante» da intolerância religiosa em todo o mundo. E estima que mais de 100 milhões de cristãos sejam vítimas de discriminação Muitas vezes, as chamadas guerras religiosas escondem interesses políticos e alguma supremacia específica, concluíram os autores de um relatório sobre a violência e discriminação que sofrem os cristãos e as minorias espalhadas pelo mundo, tornado público esta semana pela Cáritas italiana. O documento, intitulado Cristãos perseguidos: entre o terrorismo e a migração forçada, documenta um aumento preocupante da intolerância, não só no Médio Oriente, cenário de conflitos como o da Síria e Iraque, mas em vários outros pontos do globo: Mais de 100 milhões de cristãos são vítimas de discriminação, perseguição e violência exercida por regimes totalitários ou seguidores de outras religiões. Desde novembro de 2013 até outubro de 2014, estima-se que o número de cristãos assassinados por razões estritamente ligadas à sua fé chegou a 4. 344, e que houve 1. 062 igrejas atacadas pelas mesmas razões, pode ler-se no relatório, que aponta a Coreia do Norte, Somália, Iraque, Síria, afeganistão, Sudão e Irão, como os países mais perigosos para os cristãos. além de revelarem a dinâmica política de conflitos rotulados por vezes de forma errada, os especialistas aproveitaram para realçar a existência de casos onde há uma verdadeira convivência e cooperação entre religiões, dando como exemplo a Cáritas do Médio Oriente, onde cristãos e muçulmanos trabalham cada vez mais em conjunto.