Patriarca caldeu da Babilónia, Louis Raphael Sako I, apelou ao Pontífice que pondere uma visita ao país, para dar força e esperança ao iraquianos
Patriarca caldeu da Babilónia, Louis Raphael Sako I, apelou ao Pontífice que pondere uma visita ao país, para dar força e esperança ao iraquianos Temos a necessidade de sua presença entre nós, de modo que nos dê tanta força, tanta esperança, não só aos cristãos, mas a todos. O Papa é um símbolo não só para os cristãos, mas é uma autoridade internacional, espiritual e moral e todos esperam sua visita. Ele poderá dar-nos força para perseverar e não largar, afirmou o patriarca caldeu da Babilónia, numa entrevista à Rádio Vaticana, onde pede a Francisco que se desloque ao Iraque em visita apostólica. Segundo Louis Raphael Sako I, os cristãos iraquianos pagam o preço de uma guerra sectária entre sunitas e xiitas, transformando a igreja cristã no Médio Oriente numa igreja de mártires. Estima-se que existam cerca de 120 mil cristãos desabrigados no Iraque, que vivem em permanente angústia psicológica e com necessidade de apoio urgente. O patriarca critica, por isso, o comportamento da comunidade internacional. É uma política que procura interesses económicos e não o bem estar das pessoas. Eles não procuram a paz, porque fabricar armas quer dizer que você vai fabricar também uma guerra, afirmou Sako I. O Papa manifestou a intenção de visitar a região, em finais do ano passado, mas reconheceu que a deslocação podia criar sérios problemas de segurança para as autoridades. Neste contexto, enviou o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, cardeal Fernando Filoni, por três vezes, para avaliar a situação dos cristãos na região.