as eleições de 21 de julho ganhas pelo Presidente, para um terceiro mandato controverso, foram relativamente pacíficas e realizadas de forma adequada, mas o ambiente geral «não era propí­cio» a um processo eleitoral inclusivo, livre e credí­vel
as eleições de 21 de julho ganhas pelo Presidente, para um terceiro mandato controverso, foram relativamente pacíficas e realizadas de forma adequada, mas o ambiente geral «não era propí­cio» a um processo eleitoral inclusivo, livre e credí­vel a Missão de Observação Eleitoral da Organização das Nações Unidas no Burundi (MENUB) afirmou terça-feira, 28 de julho, que a vitória de Pierre Nkurunziza para um terceiro mandato controverso na chefia do Estado (por ter partido de uma alteração constitucional que o permitiu) foi obtido num ato eleitoral relativamente pacífico e realizado de forma adequada, mas o ambiente geral não era propício a um processo eleitoral inclusivo, livre e credível. Esta foi a principal conclusão de um relatório preliminar da MENUB sobre o desenrolar das eleições presidenciais no Burundi, que teve lugar depois de dois adiamentos num ambiente de profunda desconfiança entre campos políticos opostos. a decisão do Presidente em exercício de concorrer a um terceiro mandato precipitou uma crise política e socioeconómica profunda, segundo a missão. a decisão do Tribunal Constitucional sobre a admissibilidade da candidatura do Presidente para um terceiro mandato não resolveu o problema político mais amplo de limitação do mandato presidencial no Burundi, mas agrava ainda mais a controvérsia, os protestos e as tensões, assinalou a MENUB. as liberdades de expressão, de reunião e de associação são condições essenciais para o exercício efetivo do direito de voto, mas mantiveram-se gravemente comprometidas. a violência, embora observada num grau menos intenso do que durante o período que precedeu as eleições [legislativas e municipais] de 29 de junho, manteve-se como uma infeliz característica de todo o processo.