Governo congolês mantém o silêncio em relação ao sequestro de três religiosos assuncionistas, ocorrido há quase três anos. Suspeita-se do possível envolvimento no caso de alguns militares
Governo congolês mantém o silêncio em relação ao sequestro de três religiosos assuncionistas, ocorrido há quase três anos. Suspeita-se do possível envolvimento no caso de alguns militares O sequestro por homens armados de três religiosos dos agostinianos da assunção, em outubro de 2012, no Kivu do Norte, continua sem uma explicação oficial do governo da República Democrática do Congo (RDC). Nas últimas semanas falou-se de um relatório sobre os factos, mas as autoridades fizeram saber, informalmente, que terá de esperar-se que ocorram cinco anos após o desaparecimento para que se faça uma informação sobre o caso, explicaram à agência Misna fontes ligadas ao processo. De acordo com as mesmas fontes, não é a primeira vez que se suspeita da cumplicidade dos militares nos acontecimentos registados na região. Por isso, e tendo em conta que começam a levantar-se desconfianças em relação a possíveis implicações, quanto mais tempo passar, mais fácil é esquecer o caso. Os três religiosos, todos de nacionalidade congolesa, foram retirados à força pelos sequestradores de um convento na paróquia de Nossa Senhora dos Pobres, em Mbau, a 20 quilómetros da cidade de Beni. Na ocasião, atribuiu-se a autoria do sequestro aos movimentos armados rebeldes que operavam na zona.