Grupos armados controlam recursos hídricos na cidade de aleppo e usam-nos como instrumento de chantagem, privando a população de água potável. Igrejas vão ajudando como podem, fornecendo as reservas dos seus próprios poços
Grupos armados controlam recursos hídricos na cidade de aleppo e usam-nos como instrumento de chantagem, privando a população de água potável. Igrejas vão ajudando como podem, fornecendo as reservas dos seus próprios poços a deambulação de homens, mulheres e crianças pelas ruas da cidade, com recipientes de plásticos e garrafas à procura de um pouco de água para beber, tornou-se numa imagem habitual em aleppo, uma das metrópoles sírias destruídas por mais de quatro anos de guerra civil. Os recursos hídricos são controlados pelos opositores ao regime de Bashar al-assad e usados como forma de pressão contra o governo. a emergência de água tornou-se insuportável com o calor sufocante desses dias. as igrejas distribuem sem interrupção água potável extraída dos próprios poços, mas a procura é altíssima e não se consegue satisfazê-la. aleppo é uma cidade rica em recursos hídricos, mas os grupos armados que os controlam fecham as torneiras para pressionar a cidade e quem paga são os civis, que não têm culpa, queixa-se o ex-guia turístico, Samaan Daoud, em declarações à agência Fides. Para Samaan, que ultimamente se tem dedicado aos programas sociais e assistenciais promovidos pelas comunidades cristãs, os acontecimentos recentes levam a crer que a solução para aleppo só poderá vir das instâncias internacionais. a cidade está muito próxima da fronteira com a Turquia e os rebeldes não têm problemas em receber apoios logísticos, armas e todo tipo de ajuda daquela parte. a nível local podem encontrar-se apenas soluções provisórias com base em equilíbrios precários, adianta o sírio-católico.