Os guerrilheiros mostraram-se disponíveis para um cessar-fogo, mas os confrontos com os militares do exército prosseguem na província de antioquia. Mais de um milhar de indígenas está a procurar refúgio noutras comunidades
Os guerrilheiros mostraram-se disponíveis para um cessar-fogo, mas os confrontos com os militares do exército prosseguem na província de antioquia. Mais de um milhar de indígenas está a procurar refúgio noutras comunidades Os confrontos entre os guerrilheiros das Forças armadas Revolucionárias da Colômbia (FaRC) e os militares do Exército Nacional, no município de Urrao, antioquia, já provocaram a fuga de 1. 200 indígenas da etnia Embera Eyabida, segundo informações veiculadas pela Organização Indígena de antioquia (OIa). Os moradores estão a procurar refúgio nos centros educativos rurais e nas comunidades vizinhas, mas enfrentam outro problema nas deslocações: a existência indiscriminada de minas anti-pessoais nos municípios de Urrao, Ituango, Taraza e Segovia, fruto do conflito entre as FaRC e as tropas governamentais, que se arrasta desde 1964 e já provocou mais 220 mil mortos e milhões de deslocados. aida Suárez Santos, do comité executivo da OIa, lamenta que os confrontos continuem a pôr em perigo a vida de milhares de indígenas, quando decorrem negociações de paz entre as partes em conflito, e exige ao governo às às FaRC que assumam um compromisso de cessar-fogo bilateral e definitivo. as declarações da líder indígena surgem num momento em que as FaRC se manifestaram disponíveis para avançar com um cessar-fogo unilateral, a partir do dia 20 de julho. Procuramos gerar condições favoráveis para caminharmos ao encontro de um cessar-fogo bilateral e definitivo, afirmou o representante das forças revolucionárias, Iván Márquez, à margem das negociações de paz que decorrem em Havana, Cuba.