O aumento da criminalidade ambiental na Indonésia está a transformar-se numa ameaça real à sustentabilidade ecológica do país, denunciam os responsáveis pelo governo de Jacarta. as autoridades nem sempre levam os infratores a tribunal
O aumento da criminalidade ambiental na Indonésia está a transformar-se numa ameaça real à sustentabilidade ecológica do país, denunciam os responsáveis pelo governo de Jacarta. as autoridades nem sempre levam os infratores a tribunal Os dados mais recentes recolhidos pelas autoridades de Jacarta, capital da Indonésia, revelaram um aumento preocupante no número de atentados ambientais, que pode pôr em risco o equilíbrio ecológico do país. Segundo um funcionário do ministério das Selvas e Meio ambiente, citado pela imprensa local, estão a decorrer neste momento 169 processos por crimes contra a natureza, desde aceh até Papúa. Isto é só a ponta do iceberg. Há muitos outros casos não declarados ou em curso, e estes números não representam a totalidade do país, mas apenas sete unidades de um total de 77, disse o responsável, esclarecendo que a maioria dos crimes estão relacionados com a desflorestação ilegal, incêndios de grandes proporções, extração ilegal de minerais, tráfico de animais em vias de extinção, caça furtiva e descargas ilegais de resíduos. Segundo o World Resource Institute (Instituto Mundial de Recursos), os gases de efeito estufa dos incêndios florestais em Riau, na ilha de Sumatra, foram equivalentes a 27 por cento de todos os gases emitidos pela Indonésia em 2009, e os fogos florestais continuam a ser uma das principais causas regionais para as alterações climatéricas.