O número de migrantes que chegou às costas europeias após cruzar o mar Mediterrâneo ultrapassou os 130 mil no primeiro semestre deste ano. agência das Nações Unidas defende que o problema deve ser encarado como uma crise de refugiados
O número de migrantes que chegou às costas europeias após cruzar o mar Mediterrâneo ultrapassou os 130 mil no primeiro semestre deste ano. agência das Nações Unidas defende que o problema deve ser encarado como uma crise de refugiados O último relatório do alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR), divulgado esta quarta-feira, 1 de julho, revela que nos primeiros seis meses do ano chegaram às costas europeias 137 mil migrantes, após arriscadas travessias no mar Mediterrâneo. Uma grande maioria dos milhares de pessoas que fizeram a perigosa viagem pelo mar nos primeiros seis meses de 2015 fugiam da guerra, dos conflitos ou das perseguições. Isso converte a crise do Mediterrâneo numa crise de refugiados, afirmam os autores do relatório. O documento indica que um terço das pessoas que chegaram a Itália ou à Grécia viajaram desde a Síria, o que pressupõe, segundo o aCNUR, que deviam ser consideradas para o estatuto de refugiados ou outras formas de proteção. Os restantes migrantes são, em grande número, do afeganistão e Eritreia. Enquanto a Europa debate a melhor forma para fazer frente à crescente crise no Mediterrâneo, temos que ser claros: a maioria das pessoas que chega à Europa por mar são refugiados que procuram proteção da guerra e da perseguição, adiantou o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, antónio Guterres. De acordo com os dados recolhidos na Grécia, Itália, Malta e Espanha, verificou-se um aumento de 83 por cento no número de migrantes que cruzaram o Mediterrâneo, em relação a igual período de 2014.como historicamente as travessias aumentam no segundo semestre do ano, em particular nos meses de verão, é esperado que estes números continuem a subir.