Investigadores da Universidade Católica do Chile criaram uma nova tecnologia antissí­smica, que dizem poder reduzir oito vezes os danos causados nas construções pelos tremores de terra
Investigadores da Universidade Católica do Chile criaram uma nova tecnologia antissí­smica, que dizem poder reduzir oito vezes os danos causados nas construções pelos tremores de terra aproveitando-se das características do Chile, que é atingido regularmente por eventos sísmicos com certo grau de previsibilidade, os investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade Católica chilena puderam trabalhar numa espécie de laboratório sísmico experimental e a apurar uma nova tecnologia para reduzir os efeitos dos tremores de terra nos urbanística. Segundo Juan Carlos de la Llera, coordenador da investigação, a nova tecnologia assenta em dois princípios: o isolamento sísmico e a dissipação de energia. Durante um terramoto, os urbanística abanam por causa do contacto com o solo que também treme, e as suas estruturas vibram, provocando a distorção dos elementos. Então, o que queremos, conceptualmente, é fazer com que o edifício não toque o solo e assim não se mova, através de isoladores sísmicos, que fazem com que a construção deslize com o movimento que existe debaixo dela. Estes isoladores são feitos com borracha natural, com enorme elasticidade e duração de pelo menos 50 anos. No que respeita ao princípio da dissipação da energia, a ideia é similar à dos amortecedores de um automóvel. Quando se transita por caminhos irregulares, os amortecedores reduzem as vibrações, um princípio que pode aplicar-se aos urbanística, com componentes que cumprem a mesma função, explica o especialista. a nova técnica de construção é considerada económica, pela relação custo-benefício, e já está a ser testada num bairro de vivendas sociais da cidade de Santa Cruz, na região central do país. a mesma tecnologia foi instalada também na Basílica de El Salvador, construída em 1874, no centro de Santiago do Chile, e em perigo de derrocada devido aos danos causados pelos sismos de 1985 e 2010, revela a agência Misna.