Os casos de homicídio e as mortes por falta de assistência médica, assim com as invasões dos territórios e a exploração ilegal dos recursos naturais, registaram aumentos preocupantes em 2014, no Brasil
Os casos de homicídio e as mortes por falta de assistência médica, assim com as invasões dos territórios e a exploração ilegal dos recursos naturais, registaram aumentos preocupantes em 2014, no BrasilO retrato da violência contra a população indígena no Brasil, feito pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI), um organismo ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), revela, mais uma vez, um cenário dramático. Em 2014, registou-se um grave aumento das violências e das violações cometidas contra os povos indígenas, em especial nos casos de homicídios, suicídios, mortes por falta de assistência de saúde, mortalidade infantil, invasões dos territórios, exploração ilegal dos recursos naturais, omissões e atrasos na regulamentação das terras indígenas, concluíram os autores do relatório. Segundo o que está plasmado no documento, o ano passado suicidaram-se 139 indígenas, o número mais alto dos últimos 29 anos. O Mato Grosso do Sul permanece o Estado com o maior número de suicídios: foram 48 em 2014, num total de 707 casos registados nesta região, entre 2000 e 2014. Quanto aos homicídios, no período em análise foram assassinados 138 índios, contra os 97 verificados no ano anterior. Outro dado impressionante refere-se à mortalidade infantil. Os dados indicam um total de 785 mortes de crianças com idades não superiores a cinco anos. a população dos Xavantes, no Mato Grosso, foi a que registou maior número de mortes infantis, num total de 116. a mortalidade infantil e os suicídios estão a acabar com o jovens indígenas. Estamos perante uma situação muito grave, alerta a assistente antropológica do CIMI e coordenadora do relatório, Lúcia Helena Rangel.