a globalização tem vindo a alterar os hábitos alimentares das populações da região mediterrânea. Esta «transição nutricional» está a resultar num aumento do número de casos de doenças crónicas, alerta a FaO
a globalização tem vindo a alterar os hábitos alimentares das populações da região mediterrânea. Esta «transição nutricional» está a resultar num aumento do número de casos de doenças crónicas, alerta a FaOOs habitantes da região mediterrânea estão a passar por uma transição nutricional que se afasta da sua dieta tradicional, alerta a Organização das Nações Unidas para a agricultura e alimentação (FaO). a sua dieta tradicional, rica em óleos vegetais, cereais, vegetais, consumo moderado de carne e peixe, é conhecida como modelo para uma vida saudável, pela preservação do meio ambiente e tem sido associada a uma vida saudável e longa. Contudo, a globalização, a comercialização de alimentos e a mudança em estilos de vida está a mudar os padrões na região, o que se verifica num aumento do consumo de carnes e laticínios, indica um relatório apresentado na última quinta-feira, 11 de junho, pela FaO e o Centro Internacional para Estudos agrónomos avançados do Mediterrâneo, um grupo de 13 países que cooperam nas áreas da agricultura, alimentação, pesca e territórios rurais na região. Numa altura em que toda a região mediterrânea está a registar um aumento do número de casos de doenças crónicas relacionadas com a dieta, seria preciso que decisores políticos, investigadores e a indústria alimentar prestassem mais atenção à produção e consumo de alimentos de forma a preservar conhecimento e recursos locais. Para alexandre Meybeck, coordenador do Programa de Sistemas alimentares Sustentáveis da FaO, a dieta mediterrânea é nutritiva, integrada nas culturas locais, ambientalmente sustentável e apoia economias locais razão pela qual é essencial promovê-la e apoiá-la.