Governante gastou 17 milhões de euros na sua casa de férias e imputou as despesas aos cofres do Estado. a Comissão Episcopal Justiça e Paz reprova a decisão, recordando que milhões de compatriotas lutam todos os dias para sobreviver
Governante gastou 17 milhões de euros na sua casa de férias e imputou as despesas aos cofres do Estado. a Comissão Episcopal Justiça e Paz reprova a decisão, recordando que milhões de compatriotas lutam todos os dias para sobreviver Os trabalhos na residência privada de férias do Presidente Jacob Zuma, estão a gerar polémica na África do Sul. as obras foram pagas pelo Estado e os responsáveis do Public Protetor, uma instituição independente que tem como função monitorizar a conduta dos funcionários públicos, já pediu ao governante que devolvesse o dinheiro. Mas numa nota publicada a semana passada, o ministro da Polícia, Nathi Nhleko, afirmou que as despesas são legítimas e que o Presidente não é obrigado a reembolsá-las. Em causa, segundo a agência Fides, estão as melhorias efetuadas na residência de férias de Zuma, em Nkandla, que além do reforço das medidas de segurança, envolveram também a construção de uma piscina e um anfiteatro. Neste sentido, a Comissão Episcopal Justiça e Paz (CEJP) reagiu com consternação ao relatório do ministro, que desresponsabiliza o Presidente do pagamento destas despesas.como Igreja, o nosso papel é o de lembrar aos líderes políticos a sua responsabilidade ética. Queremos recordar aos nossos líderes políticos que, enquanto milhões de nossos compatriotas estão a lutar para viver é moralmente injustificável que o governo gaste uma cifra excessiva – 246 milhões de rands (cerca de 17 milhões de euros) – para uma pessoa, com gastos não relacionados com a segurança, refere a nota da CEPJ. No documento, é pedido ao Presidente para demonstrar uma liderança ética e assumir a responsabilidade por algumas das despesas efetuadas na sua residência de férias. Fazemos um apelo forte para que o governo garanta que a história de Nkandla não diminua a capacidade do Public Protetor de combater a corrupção, sublinharam os representantes da CEPJ.