Pontífice exorta os responsáveis pela vida pública a adotarem um comportamento diferente para regulamentar as relações sociais e enaltece a força da família, que considera uma verdadeira escola da humanidade
Pontífice exorta os responsáveis pela vida pública a adotarem um comportamento diferente para regulamentar as relações sociais e enaltece a força da família, que considera uma verdadeira escola da humanidade É quase um milagre que, no meio de tanta pobreza, famílias continuem a ser formadas, mantendo inclusive relações humanas tão especiais. Deveríamos ajoelhar-nos diante destas famílias que são uma verdadeira escola de humanidade que salva a sociedade da barbárie, afirmou esta quarta-feira, 3 de junho, em Roma, Itália, o Papa Francisco, pedindo aos responsáveis pela vida pública uma nova ética civil para regulamentar as relações sociais. Na habitual audiência geral na Praça de São Pedro, o Pontífice denunciou a contradição entre as políticas económicas e a família, salientando que apesar do trabalho das famílias não ser contabilizado nos balanços, é precisamente no seio familiar que a formação interior das pessoas e a circulação social dos afetos têm os seus alicerces. Se estas fundações forem derrubadas, tudo cai. E não é só questão de pão. Falamos de trabalho, de instrução, de saúde, acrescentou Francisco. Para o Papa, as famílias enfrentam todos os dias problemas relacionados com a habitação, transportes, escassez de serviços sociais, médicos e escolares, sobretudo nos bairros periféricos, o que, somado com os danos causados pelos modelos estereotipados de famílias baseados no consumismo e no culto das aparências, acaba por influenciar as camadas sociais mais pobres e incrementar a desagregação das relações familiares.