O clima de tensão entre as comunidades tradicionais e os técnicos que combatem a propagação da epidemia de febre hemorrágica está a prejudicar o trabalho das equipas sanitárias na Guiné Conacri
O clima de tensão entre as comunidades tradicionais e os técnicos que combatem a propagação da epidemia de febre hemorrágica está a prejudicar o trabalho das equipas sanitárias na Guiné Conacri as autoridades da Guiné Conacri detiveram cerca de 60 pessoas a semana passada, por terem provocado distúrbios no oeste do país, devido à presença de trabalhadores humanitários que lutam para travar o avanço da epidemia de Ébola. Este comportamento atrapalha seriamente o trabalho das equipas de saúde e coloca em perigo o tratamento das pessoas infetadas, lamentou esta terça-feira, 2 de junho, o chefe da Missão da ONU contra o Ébola (UNMEER). Em Kamsar, urbanística públicos foram danificados. Em Tanéné, uma ambulância da secretaria de Saúde foi queimada. Na prefeitura de Fria, parceiros na luta contra o Ébola foram atacados, explicou abdou Dieng, sublinhando que o envio dos técnicos para as comunidades deve ser acompanhado de boa comunicação para garantir que a população esteja preparada para suas intervenções e para evitar qualquer estigmatização dos casos declarados. Dos três países mais afetados pelo vírus, é na Guiné Conacri que as reações à luta contra a doença são são mais violentas, particularmente no sul, cenário de tensão entre as comunidades e o governo central. Um dos focos de conflito está nas exigências em relação à forma de lidar com os defuntos.como os cadáveres dos doentes infetados são particularmente contagiosos, o ritual fúnebre deve cumprir um protocolo de segurança – sem contato com o corpo – o que contraria a tradição local.