Relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico revela que o grupo de 10 por cento das pessoas mais ricas tem agora um rendimento 9,6 vezes superior aos 10 por cento mais pobres
Relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico revela que o grupo de 10 por cento das pessoas mais ricas tem agora um rendimento 9,6 vezes superior aos 10 por cento mais pobres a desigualdade entre ricos e pobres atingiu um nível recorde na maioria dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e é ainda mais significativa nas economias emergentes, segundo o mais recente relatório da organização, que destaca, em particular, as diferenças entre homens e mulheres. Segundo o estudo, divulgado esta quinta-feira, 21 de maio, dentro dos 34 países que integram a OCDE (onde se inclui Portugal), o grupo de 10 por cento das pessoas mais ricas alcançou um rendimento 9,6 vezes maior do que os 10 por cento mais pobres. E as desigualdades são ainda maiores em termos de património. atingimos um ponto crítico. as desigualdades nos países da OCDE nunca foram tão altas desde que começamos a medir. ao não atacarem o problema das desigualdades, os governos fragilizam o tecido social dos seus países e comprometem o seu crescimento económico a longo prazo, afirmou o secretário-geral da organização, angel Gurría, ao apresentar o documento em Paris, ao lado de Marianne Thyssen, comissária europeia para o Emprego. Para reduzir a desigualdade e estimular o crescimento, a OCDE recomenda aos governos que promovam a igualdade entre homens e mulheres em termos de empregos, que ampliem o acesso a trabalhos mais estáveis e que estimulem os investimentos em educação e formação ao longo de toda a vida ativa. Entre 1995 e 2013, mais da metade dos empregos criados nos países da OCDE eram de tempo parcial, temporários ou envolviam trabalhadores independentes.