Instituto Socioambiental estima que o ano passado foi furtada madeira no valor de 119 milhões de euros, só na terra dos arara. a região onde está a ser construí­da a barragem de Belo Monte é a mais afetada
Instituto Socioambiental estima que o ano passado foi furtada madeira no valor de 119 milhões de euros, só na terra dos arara. a região onde está a ser construí­da a barragem de Belo Monte é a mais afetada O Ministério Público Federal e as organizações não governamentais que trabalham na região de altamira, no Pará (Brasil), associam as obras da terceira maior hidroelétrica do mundo, a barragem de Belo Monte, à explosão de extração de madeira ilegal nas terras indígenas. a situação mais grave está a viver-se na Cachoeira Seca, ocupada pelo povo arara, que já foi reconhecida pela Fundação Nacional do Índio (FUNaI), mas que aguarda homologação pelo governo brasileiro. Só nesta área, segundo o Instituto Socioambiental (ISa), terão sido furtados cerca de 119 milhões de euros em madeira, em 2014. O IS a tem vindo a monitorizar a desflorestação na zona, desde 2011, e concluiu que a área explorada ilegalmente por madeireiros mais do que duplicou, passando de 4. 700 hectares em 2013 para 13. 390 hectares em 2014, o equivalente a 1. 080 estádios Maracanã, no Rio de Janeiro. atualmente, a situação está descontrolada. Já estou na região há cinco anos. antigamente, os camiões de madeira só andavam à noite. agora é dia e noite, lamentou Juan Doblas Pietro, analista de geoprocessamento do ISa.