Departamento irá acolher as pessoas cujo matrimónio entrou em fase crítica, ou aquelas que estão a passar pela experiência da separação conjugal, ajudando-as, se for o caso, a instruir o processo canónico
Departamento irá acolher as pessoas cujo matrimónio entrou em fase crítica, ou aquelas que estão a passar pela experiência da separação conjugal, ajudando-as, se for o caso, a instruir o processo canónico O arcebispo de Milão (Itália), cardeal angelo Scola, assinou esta semana o decreto que institui um novo organismo da Cúria, denominado departamento diocesano para acolhimento dos fiéis separados. O serviço é destinado aos que vivem a experiência da separação conjugal ou que chegaram à separação. a criação deste departamento é uma resposta também à interpelação do Papa Francisco, proferida no final da III assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, em outubro do ano passado: agora temos mais um ano para amadurecer, com verdadeiro discernimento espiritual, as ideias propostas e encontrar soluções concretas para tantas dificuldades e inúmeros desafios que as famílias enfrentam; para fornecer respostas para os muitos desânimos que cercam e sufocam as famílias. Previsto para entrar em funcionamento em setembro próximo, o novo organismo terá a sua sede em Milão e duas sucursais em Lecco e Verese. Em termos funcionais, será um serviço pastoral para os fiéis que vivem a experiência da separação conjugal facilitando, onde haja as condições, o acesso aos caminhos canónicos para a dissolução do matrimónio ou para a declaração de nulidade, explicou o cardeal, citado pela agência Zenit. Segundo o chanceler, monselhor Marino Mosconi, o departamento terá também uma forte sensibilidade pastoral e, portanto, escutar os fiéis separados compreende também ajudá-los na releitura da sua situação à luz do ensinamento cristão. Quer isto dizer, que quando for o caso, poderá convidar o casal a tomar nota de sua condição de separação, exortando a vivê-la conforme o ensinamento da Igreja, segundo o estilo de misericórdia e recíproco perdão pedido pela lei evangélica.