Projeto dirigido à etnia Warao, o segundo maior grupo indígena da Venezuela, permite dar formação a 50 mulheres por ano, na área da confeção de vestuário. as primeiras formandas já fazem roupa para a família e para vender
Projeto dirigido à etnia Warao, o segundo maior grupo indígena da Venezuela, permite dar formação a 50 mulheres por ano, na área da confeção de vestuário. as primeiras formandas já fazem roupa para a família e para vender Começou com a compra de cinco máquinas de costura, prosseguiu com um primeiro curso de formação para 20 mulheres da comunidade Yakariyene, nos arredores de Tucupita, e ganhou consistência para ir preparando uma média de 50 novas costureiras’ por ano.com este projeto, os missionários da Consolata na Venezuela procuram combater a exclusão social e a pobreza extrema em que vivem muitas famílias Warao, que arriscaram sair do Delta amacuro, à procura de educação para os filhos, ou na esperança de conseguirem um emprego. Constituído por cerca de 40 mil pessoas, o segundo maior grupo indígena da Venezuela vive sobretudo nas zonas ribeirinhas do delta, alimentando-se da pesca, caça e da agricultura tradicional. Nos últimos anos, o governo tem atribuído mais recursos financeiros ao território Warao, mas isso não se tem traduzido na melhoria do nível de vida da população. ao contrário, tem-se assistido a um aumento da taxa de alcoolismo, do abandono do cultivo da terra e das atividades piscatórias. a maioria dos waraos continuam a viver no limiar da pobreza extrema, o que leva muitas famílias a mudarem-se para as cidades, na esperança de encontrarem melhores condições de vida, infraestruturas e serviços que não estão disponíveis nas suas comunidades de origem. O resultado raramente é o esperado. E a solução acaba por passar pela indigência, ou pela concentração em pequenos bairros periféricos, sem o mínimo de condições de higiene e segurança. Yakariyene é um desses exemplos. Fica a quatro quilómetros do centro de Tucupita, capital do Delta amacuro, e alberga 70 famílias, que tal como a generalidade dos waraos urbanos’ sofrem de exclusão social e cultural. Foi por isso o local escolhido pelos missionários da Consolata para dar início ao projeto de capacitação de mulheres, na confeção de roupa. Primeiro para consumo familiar, depois para vender e compor o orçamento da família. O primeiro curso começou em finais de 2012. Daí em diante, as ações de formação têm passado por outras comunidades e o objetivo é que prossigam, sem necessidade de financiamento externo.