Diretor-adjunto da agência Europeia para Controlo das Fronteiras Exteriores pede realismo a quem pensa que reforçar o orçamento da organização ou o controlo fronteiriço resolve o problema da imigração ilegal
Diretor-adjunto da agência Europeia para Controlo das Fronteiras Exteriores pede realismo a quem pensa que reforçar o orçamento da organização ou o controlo fronteiriço resolve o problema da imigração ilegalSe alguém pensa que o controlo fronteiriço é a solução para a imigração ilegal está absolutamente enganado, afirmou esta quinta-feira, 30 de abril, o diretor-adjunto da agência Europeia para Controlo das Fronteiras Exteriores (FRONTEX), Gil arias, que pediu realismo, porque mesmo que se estabelecesse uma operação de salvamento no Mediterrâneo como a italiana Mare Nostrum, coisa pouco provável, continuaria a morrer gente a caminho da Europa. Para arias, a gestão fronteiriça e o seu controlo não é nem uma panaceia, nem a solução para a imigração irregular, seja esta por terra, ou por mar, com trágicas consequências para a Europa. Nem tão pouco o será o reforço de fundos do FRONTEX, como acordaram os Estados membros da União Europeia. O dinheiro não salva vidas humanas, sublinhou o responsável. O dirigente recordou ainda que no passado foram feitos reforços de orçamento da agência, porque a reação habitual dos políticos perante a ocorrência de determinados acontecimentos é dizer vamos dar dinheiro à FRONTEX e o problema agora é deles. Porém, esta não pode ser a única solução: O dinheiro é dinheiro e há que empregá-lo em meios. O reforço do orçamento e de meios será uma grande ajuda, mas não quero criar falsas expectativas. O risco continua a existir e enquanto permanecer a atual situação na Síria, afeganistão, Eritreia, Somália ou Mali, e na Líbia não existir uma autoridade com quem se possa falar e chegar a acordos, será difícil encontrar uma solução, afirmou Gil arias.