Nos últimos 20 anos, mais de metade dos brasileiros subiu de classe económica, segundo um estudo do Banco Mundial. a investigação revela que o país está em boa posição para acabar com a pobreza extrema
Nos últimos 20 anos, mais de metade dos brasileiros subiu de classe económica, segundo um estudo do Banco Mundial. a investigação revela que o país está em boa posição para acabar com a pobreza extrema O crescimento económico, as política públicas focadas na erradicação da pobreza, o aumento das taxas de emprego e a evolução do salário mínimo, com o consequente fortalecimento do poder de compra, são alguns dos fatores que terão contribuído para retirar milhões de brasileiros da pobreza extrema ou moderada, revela um estudo divulgado recentemente pelo Banco Mundial. Segundo a investigação, entre 1990 e 2009, cerca de 25 milhões de brasileiros saíram do limiar da pobreza, o que representa uma em cada duas pessoas que melhoraram o seu nível de vida na américa Latina e no Caribe nesse período. Estes resultados fizeram com que a taxa de pobreza extrema no Brasil caísse de 10 por cento, em 2001, para quatro por cento em 2013. apesar das melhorias, o estudo refere que na américa Latina e Caribe ainda existem 75 milhões de pessoas em extrema pobreza, metade delas no Brasil e no México. De qualquer forma, o Banco Mundial considera que o Brasil tem todas as condições para erradicar a pobreza nos próximos anos. O assessor das Comissões das Pastorais Sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre ari antónio dos Reis, reconhece uma melhoria nas condições sociais, mas adverte que o país continua com uma estrutura de injustiça e desigualdade social muito forte. Não é uma melhoria e sim um endividamento, afirma o sacerdote em entrevista à adital, referindo-se ao aumento do acesso ao crédito nos últimos anos, que facilitou a inclusão dos mais pobres, porém, incentivou o consumismo e fez subir a taxa de endividamento.