Medidas da União Europeia para lidar com a migração ilegal no mar Mediterrâneo foram bem acolhidas pelas Nações Unidas. a organização alerta, no entanto, que a prioridade deve continuar a ser salvar vidas
Medidas da União Europeia para lidar com a migração ilegal no mar Mediterrâneo foram bem acolhidas pelas Nações Unidas. a organização alerta, no entanto, que a prioridade deve continuar a ser salvar vidas O alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR) aplaudiu as medidas aprovadas pelos chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE) para combate à imigração ilegal no sul da Europa, mas avisou que só terão eficácia se contribuirem para salvar vidas. a prova definitiva consistirá na redução da perda de vidas, que se garanta a estas pessoas, que se garanta um acesso eficaz de proteção n Europa sem necessidade de cruzar o Mediterrâneo, e um sistema de asilo comum europeu eficiente, que responda de verdade ao ser compromisso de solidariedade, afirmou um porta-voz da agência liderada pelo ex-primeiro-ministro português, antónio Guterres. apesar das divergências, os líderes europeus acordaram em triplicar o orçamento da operação Triton, criada no final do ano passado para impedir a viagem de embarcações clandestinas no Mediterrâneo. ao mesmo tempo, deverá ser criado um projeto piloto voluntário para redistribuir até 10 mil requerentes de asilo entre os países da UE. O Reino Unido disponibilizou-se para ajudar nos salvamentos mas não está disposto a conceder asilo aos imigrantes. O plano de ação europeu surge na sequência de uma semana de naufrágios, que provocaram um recorde de mortos, segundo os responsáveis do aCNUR. O mais trágico registou-se no dia 18 de abril, e envolveu um barco que partiu de Trípoli, na Líbia, com 850 pessoas a bordo.com base nas informações disponíveis e nas diversas contagens que fizemos, acreditamos que o número de mortos pode ultrapassar 800, o que faz deste o naufrágio mais mortal já registado no Mediterrâneo, disse um responsável da organização.