alto comissário antónio Guterres expressou o seu choque perante o naufrágio de embarcação no Mediterrâneo, a sul de Lampedusa

alto comissário antónio Guterres expressou o seu choque perante o naufrágio de embarcação no Mediterrâneo, a sul de Lampedusa
O naufrágio de uma embarcação que terá custado a vida a cerca de 700 pessoas pode tratar-se da maior tragédia de sempre no mar Mediterrâneo, envolvendo refugiados e migrantes. Já na semana passada, outras 400 pessoas tinham morrido noutro naufrágio. Segundo o alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR), a informação disponível é que o barco se virou pouco antes da meia-noite de sábado, em águas líbias, a cerca de 180 quilómetros ao sul da ilha italiana de Lampedusa. Navios de guerra italianos e malteses e outros barcos mercantes, incluindo um português, estão entre as cerca de 20 embarcações, juntamente com vários helicópteros, que se envolveram na operação de resgate, coordenada pelas autoridades italianas. Este desastre confirma o quão urgente é necessário restaurar uma operação robusta de salvamento no mar e estabelecer vias legais credíveis para [os refugiados] chegarem a Europa. Caso contrário, as pessoas que procuram segurança continuarão a morrer no mar, sublinhou antónio Guterres, alto comissário para os Refugiados. Mas também aponta para a necessidade de uma abordagem europeia global para combater as causas profundas que levam tantas pessoas a este fim trágico. Espero que a União Europeia (UE) aproveite a ocasião para assumir plenamente um papel decisivo para evitar futuras tragédias. O aCNUR tem vindo a defender uma resposta urgente por parte da UE para lidar com os desafios enfrentados pelas milhares de pessoas que arriscam as suas vidas em busca de segurança na Europa. Um conjunto abrangente de propostas foi avançado pelo aCNUR, incluindo uma operação de busca e salvamento mais robusta e uma via legal credível para que os que procuram segurança cheguem ao velho continente, como o reassentamento, os vistos humanitários e o reagrupamento familiar. Mais de 35 mil requerentes de asilo e imigrantes chegaram de barco ao sul da Europa, desde o início do ano.