Estados-membros aconselhados a criar um registo nacional de todas as suas peças históricas e a usarem todos os meios legais à sua disposição para impedir o comércio ilegal de artefactos declarados como património mundial
Estados-membros aconselhados a criar um registo nacional de todas as suas peças históricas e a usarem todos os meios legais à sua disposição para impedir o comércio ilegal de artefactos declarados como património mundialO furto de antiguidades e peças do património cultural no Iraque e na Síria atingiram uma escala sem precedentes, fomentando ainda mais os dois conflitos com o dinheiro angariado pelos grupos armados e terroristas, através da venda dos artefactos, alertou esta semana a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Partindo destes dois casos, vários especialistas, reunidos em Doha, no Catar, pediram aos Estados-mebros que usem os meios legais já existentes para impedir o tráfico de artefactos culturais e criem um registo nacional de todas as suas peças históricas. Esta base de dados, segundo anna Paolini, representante da UNESCO para o Golfo Pérsico e Iémen, pode servir depois de instrumento para a gestão de risco e prevenção. Há dois meses, o Conselho de Segurança da ONU adoptou uma resolução que proíbe o comércio de artefatos culturais roubados no Iraque e na Síria e pede a UNESCO e à Interpol que ajudem a criar sistemas de proteção do património cultural dos dois países. as Nações Unidas calculam que o comércio ilegal de propriedade cultural movimenta entre 1,8 e 5,6 mil milhões de euros por ano.