Os autores do relatório «Traçar um novo rumo: superar o impasse em Gaza» referem que os responsáveis políticos mundiais não estão a cumprir as promessas de reconstrução daquela cidade palestiniana
Os autores do relatório «Traçar um novo rumo: superar o impasse em Gaza» referem que os responsáveis políticos mundiais não estão a cumprir as promessas de reconstrução daquela cidade palestiniana a comunidade internacional deve mudar a abordagem sobre Gaza e realizar as promessas de reconstrução. O alerta consta do relatório Traçar um novo rumo: superar o impasse em Gaza, sobre a falta de progresso desde o conflito do último ano, lançado na última segunda-feira, 13 de abril, e subscrito por 45 agências humanitárias.
Seis meses depois dos doadores se terem comprometido com 3,5 mil milhões de dólares, muita da população encontra-se em pior situação e nenhuma das 19 mil habitações destruídas foi reconstruída. Cem mil pessoas continuam sem abrigo e muitas vivem em acampamentos improvisados ou escolas, lê-se num comunicado da organização Médicos do Mundo. Os autores do relatório referem que são inevitáveis outros conflitos, caso os líderes mundiais não criem uma nova abordagem quanto aos motivos subjacentes ao conflito.

Os responsáveis pelo estudo referem que os doadores devem insistir num cessar-fogo contínuo, na responsabilidade de todas as partes pelas constantes violações da lei internacional e no fim do bloqueio israelita que impede o movimento de 1,8 milhões de palestinianos em Gaza e os mantém separados da margem ocidental. Mais do que desafiar o bloqueio, no relatório demonstra-se que a maioria dos doadores está a aceitar maneiras de o contornar.

até agora, só 26,8 por cento da quantia prometida há seis meses pelos doadores foi libertada. Contudo, mesmo com financiamento, muitos dos projetos de reconstrução não iniciaram por causa das restrições relacionadas com o bloqueio de materiais. No relatório apela-se a todas as partes para retomarem as negociações com vista a um cessar-fogo de longo prazo. além disso, apela-se a Israel para acabar com o bloqueio e a política de separação de Gaza da margem ocidental e, pede-se aos responsáveis políticos palestinianos e reconciliação e prioridade na reconstrução. Também se apela ao Egito que abra as suas fronteiras de forma a permitir um alívio humanitário.