Centenas de cidadãos estrangeiros, maioritariamente moçambicanos, refugiaram-se num centro de acolhimento para vítimas de violência. Governo está disposto a apoiar os imigrantes que queiram regressar ao país de origem
Centenas de cidadãos estrangeiros, maioritariamente moçambicanos, refugiaram-se num centro de acolhimento para vítimas de violência. Governo está disposto a apoiar os imigrantes que queiram regressar ao país de origem O agravamento dos ataques xenófobos contra cidadãos estrangeiros na África do Sul continua a causar preocupação nos bairros suburbanos. Esta semana, dois moçambicanos foram mortos na região de Durban, na província de Kwazulu-Natal, vítimas da agressividade de alguns grupos de sul-africanos contra os imigrantes. Neste momento, perto de 500 imigrantes encontram-se refugiados em tendas montadas num campo desportivo, na região de Isipingo. Numa visita a este centro de acolhimento improvisado, o ministro da administração Interna da África do Sul, Malusi Gigaba, prometeu ajudar os comerciantes lesados e apoiar os cidadãos estrangeiros vítimas de violência que manifestem o desejo de regressar ao seu país. Os ataques contra os imigrantes de Isipingo agravaram-se nos últimos dias, depois do rei zulu Goodwill Zwelithini, o líder tradicional mais importante na província de Kwazulu-Natal, ter dito que os imigrantes devem fazer as malas e deixar a África do Sul. O monarca já fez saber que as suas palavras foram mal interpretadas. Estamos muito preocupados. Depois de 2008, em que houve mais de 60 vítimas, a violência xenófoba é um pesadelo que volta, afirmou Barry Wood, bispo auxiliar de Durban, em declarações à agência Misna.