O primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, expressou séria procupação pelas restrições impostas pela Eritreia à patrulha que fazem as Nações Unidas à disputada fronteira entre os dois países.
O primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, expressou séria procupação pelas restrições impostas pela Eritreia à patrulha que fazem as Nações Unidas à disputada fronteira entre os dois países. Falando aos jornalistas na capital da Etiópia, addis ababa, Meles disse que as restrições eram uma violação ao acordo de paz assinado pelos dois países, acrescentando que as Nações Unidas (ONU) devem tomar as medidas adequadas para restaurar o status quo.
Este comentário foi feito dias depois das tropas de manutenção da paz da ONU afirmarem que as restrições que lhes foram impostas a cinco de Outubro impediram-nos de assegurar de que não aumenta a presença de militares na fronteira que separa o exército etíope do exército eritreu.
a Eritreia proibiu os voos de helicópteros das tropas de manutenção da paz no seu espaço aéreo na zona de segurança e restringiu as patrulhas nocturnas das forças da ONU no seu lado dos mil quilómetros de longitude que tem a Zona de Segurança Temporária (ZST).
as restrições levaram a ONU a diminuir os seus postos de controlo de 40 para 18, reduzindo assim a sua capacidade de vigiar a fronteira. O secretário-geral da ONU, Kofi annan, advertiu no início desta semana que se a Eritreia continuar a impedir as operações das forças de manutenção da paz, a ONu pode retirar as suas tropas da ZST.
a ZST foi estabelecida através de um acordo de paz assinado a 2000 em algiers, argélia. Terminou assim a guerra entre os dois países vizinhos, na qual perderam a vida umas 70 mil pessoas.
Segundo o acordo de paz, não são permitidas tropas da Eritreia na ZST, que tem 25 quilómetros de largura. Toda esta zona de segurança está em território eritreu e é patrulhada por 2 800 homens das tropas de manutenção da paz.
Em Setembro, o chefe da missão da ONU na Etiópia e Eritreia, Legwaila Joseph Legwaila, disse que a disputa não resolvida da fronteira pode levar uma vez mais à guerra se o conselho de segurança da ONU e a União africana não fizerem mais para procurar uma solução.