Governo considera o projeto legislativo indispensável para travar o avanço e a presença do terrorismo islamita no país, mas a oposição e vários movimentos civis temem que se transforme num instrumento de repressão Política
Governo considera o projeto legislativo indispensável para travar o avanço e a presença do terrorismo islamita no país, mas a oposição e vários movimentos civis temem que se transforme num instrumento de repressão Política a apresentação da Lei de Prevenção do Terrorismo pelo governo da Malásia suscitou um aceso debate no Parlamento, com vários representantes da oposição a contestarem a medida, que consideram perigosa para os direitos dos cidadãos e suscetível de ser usada como instrumento de repressão política e social. Para as autoridades, a proposta legislativa é fundamental para impedir uma eventual extensão das zonas que apoiam as atividades do Estado Islâmico (aI) na Síria e no Iraque, num país de maioria muçulmana. E para contrariar iniciativas radicais, como o confirma a detenção recente de 17 pessoas oriundas da Síria, suspeitas de organizar ataques terroristas na capital, Kuala Lumpur. Porém, o facto de permitir detenções sem acusação formal e de prever penas severas, aplicadas num contexto legal de emergência, leva a oposição política e os movimentos civis a desconfiarem dos verdadeiros objetivos da legislação. Isto porque, segundo noticia a agência Misna, as medidas contra os grupos contrários ao governo têm-se intensificado e atingido com maior frequência os que se opõem à corrupção e abuso de poder no país.