a União Europeia importou bens relacionados com a desflorestação ilegal, no valor de seis mil milhões de euros, só num ano. a denúncia é de uma organização não governamental que alerta para a impunidade em relação aos comportamentos criminosos
a União Europeia importou bens relacionados com a desflorestação ilegal, no valor de seis mil milhões de euros, só num ano. a denúncia é de uma organização não governamental que alerta para a impunidade em relação aos comportamentos criminosos Entre 2010 e 2012, a cada dois minutos foi derrubada floresta equivalente a um campo de futebol em todo o mundo para satisfazer as necessidades agroalimentares da União Europeia (UE), com produtos como a carne, o óleo de palma e a soja. Segundo um relatório da organização não governamental FERN, só num ano, os países comunitários importaram seis mil milhões de bens para consumo, relacionados com a desflorestação ilegal. Quando uma pessoa se senta a comer o que compra nas lojas tem o direito de saber se o que está a consumir está relacionado com a destruição ambiental ou com abusos dos direitos humanos, afirmou Saskia Ozinga, coordenadora de campanhas da FERN, sublinhando que a desflorestação tropical provoca alterações climatéricas e ameaça a subsistência das populações mais pobres. Para alterar esta situação, a organização sugere regras mais rígidas na UE para evitar que as instituições financeiras europeias facilitem projetos no setor da agricultura que destruam as florestas e violem os direitos das pessoas. Isto porque, segundo dados recolhidos pela organização, foram detetadas pelo menos 20 instituições europeias que contaram com investimentos de 16 mil milhões de euros de empresas de agricultura, algumas delas envolvidas nos principais centros de desflorestação, como a Indonésia, Brasil e Malásia.