O fracasso do atual Presidente na luta contra o grupo extremista está a ser usado pelo seu rival na disputa pela cadeira do poder. Teme-se ainda que muitos eleitores se abstenham de votar com medo de possí­veis atentados
O fracasso do atual Presidente na luta contra o grupo extremista está a ser usado pelo seu rival na disputa pela cadeira do poder. Teme-se ainda que muitos eleitores se abstenham de votar com medo de possí­veis atentados a capacidade do grupo islamita atacar simultaneamente em várias frentes está a lançar dúvidas sobre a forma como vão decorrer as eleições presidenciais na Nigéria, agendadas para este sábado, 28 de março. O atual Presidente, Goodluck Jonathan, procura a reeleição, mas enfrenta muitas críticas quer do seu rival, o general Muhamadu Buhari, quer da sociedade civil, por não conseguir travar o avanço dos insurgentes. Os atentados do Boko Haram na Nigéria, no Chade, no Níger e Camarões demonstram que o grupo pode agir simultaneamente, com métodos variados e em locais muito distantes. Exemplo disso é a quantidade de armamento que reuniu nos últimos meses, desde lança-foguetes, camiões blindados, canhões, morteiros, munições, armas e até motores explosivos. Para os especialistas internacionais, citados por várias agências noticiosas, o Boko Haram é um caso particular dentro dos movimentos jihadistas, que se aproveita da complexidade do país mais povoado do continente para alcançar os seus objetivos, explorando, por exemplo, a tradicional divisão entre o norte, maioritariamente muçulmano, e o sul, dominado pelos cristãos. Resta saber se esta clima de medo instalado pela violência irá ter reflexo nas eleições.