«arca do Retorno» é o nome de uma escultura em mármore criada para homenagear as vítimas do tráfico de escravos. O português Carlos Rodrigues liderou a equipa que instalou a obra na sede das Nações Unidas
«arca do Retorno» é o nome de uma escultura em mármore criada para homenagear as vítimas do tráfico de escravos. O português Carlos Rodrigues liderou a equipa que instalou a obra na sede das Nações UnidasO Dia Internacional em Memória às Vítimas da Escravidão é assinalado esta quarta-feira, 25 de março, para recordar os cerca de 15 milhões de pessoas que foram vítimas da maior forma de migração forçada da história, segundo as Nações Unidas: o tráfico transatlântico de escravos, que durou mais de 400 anos.
Neste dia é inaugurado um memorial permanente para honrar estas vítimas, o qual poderá ser conhecido na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.com o nome arca do Retorno, o projeto é do arquiteto americano Rodney Leon, descendente de haitianos. a escultura em mármore presta tributo à coragem dos escravos e dos abolicionistas, além de reconhecer as contribuições das vítimas da escravatura para a sociedade.
Carlos Rodrigues, português especialista em mármore, liderou a equipa que instalou a obra. a figura que está representada na parte interior do monumento é uma forma não masculina ou feminina, mas espiritual, que terá uma lágrima e isso é uma forma das pessoas realmente verem qualquer coisa que é sentimental, (), que foi dramática, disse, em declarações à Rádio ONU. Segundo o responsável, a peça tem cerca de cinco metros de altura e seis de comprimento, e por ser um memorial permanente, poderá ajudar as gerações futuras a entender o tráfico transatlântico de escravos.
Para Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, a obra arca do Retorno não recorda apenas o terrível legado da escravidão, mas honra também as milhões de vítimas. além de inaugurar o memorial, as Nações Unidas aproveitam o Dia Internacional em Memória às Vítimas da Escravidão para prestar tributo às mulheres vítimas da escravatura, responsáveis por transmitir a cultura africana aos seus descendentes.