a «ferocidade» da destruição causada pela ofensiva israelita em Gaza deixou uma geração de menores a precisar de ajuda psicológica, alerta o relator das Nações Unidas para os direitos humanos em território palestiniano
a «ferocidade» da destruição causada pela ofensiva israelita em Gaza deixou uma geração de menores a precisar de ajuda psicológica, alerta o relator das Nações Unidas para os direitos humanos em território palestiniano O relator especial das Nações Unidas para os direitos humanos nos territórios ocupados, Makarim Wibisono, alertou esta segunda-feira, 23 de março, para a existência de 400 mil menores a precisarem de apoio psicológico na Faixa de Gaza, após os violentos confrontos entre as tropas israelitas e os grupos armados palestinianos, registados há sete meses. Esta geração e as futuras gerações de palestinianos e israelitas têm direito igual à vida e a um futuro de paz, afirmou o responsável na reunião do Conselho de Direitos Humanos, depois de contar a história de um menino de sete anos que morreu nas ruas de Gaza, ferido por estilhaços, e sem que ninguém correspondesse aos seus pedidos de socorro. Para Wibisono, a ferocidade da destruição registada em Gaza coloca em dúvida a adesão de Israel aos princípios de proporcionalidade, distinção e precauções em ataques, como prevê a lei humanitária internacional. Exemplo disso foram os ataques lançados contra hospitais, ambulâncias, escolas e habitações particulares, durante os 51 dias de conflito, segundo o quadro da ONU.