a relatora especial das Nações Unidas para as questões das minorias esteve na Nigéria e constatou que «as causas da violência não podem ser apenas étnicas ou religiosas». Têm antes origem na «pobreza, problemas de governação e impunidade»
a relatora especial das Nações Unidas para as questões das minorias esteve na Nigéria e constatou que «as causas da violência não podem ser apenas étnicas ou religiosas». Têm antes origem na «pobreza, problemas de governação e impunidade»Os membros do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, baseado em Genebra, na Suíça, ouviram Rita Izsak, relatora especial sobre questões das minorias, na passada quarta-feira, 18 de março. a responsável apresentou o seu documento final sobre a sua visita à Nigéria, realizada em fevereiro do ano passado.
Rita Izsak explicou que pôde ver a diversidade da Nigéria, país que tem mais de 250 grupos étnicos. a relatora realçou a violência inter-comunitária e referiu ter ficado chocada com o aumento dos ataques e assassinatos cometidos pelo Boko Haram em várias localidades. Durante a sua visita àquele país, a responsável encontrou-se com membros governo, da sociedade civil, líderes religiosos e comunitários.
ao Conselho de Direitos Humanos, Rita Izsak disse, segundo a Rádio ONU, que ficou claro que as causas da violência não podem ser apenas étnicas ou religiosas, já que são muito mais complexas e interligadas, como a competição por recursos, a pobreza, problemas de governação e impunidade.
a responsável recomenda o estabelecimento da garantia de que nenhuma pessoa seja discriminada ou excluída do acesso a serviços básicos ou da participação da vida social, política e cultural. Por outro lado, Rita Izsak elogiou o governo nigeriano por promover programas de preservação das línguas minoritárias. No Conselho, a relatora insistiu na importância de eleições justas, transparentes e livres de violência, uma vez que os cidadãos se preparam para ir às urnas no final do mês.