Encontro europeu da Pastoral das Migrações procura reforçar a posição da Igreja enquanto voz e consciência crí­tica dos que enfrentam discriminações quando arriscam mudar de país à procura de melhores condições de vida
Encontro europeu da Pastoral das Migrações procura reforçar a posição da Igreja enquanto voz e consciência crí­tica dos que enfrentam discriminações quando arriscam mudar de país à procura de melhores condições de vida Num período de grandes migrações que suscitam reprovação e suspeitas, a Igreja quer responder com a força da caridade, para criar a cultura do encontro, afirmou o bispo de Cádiz e Ceuta, Rafael Zornoza Boy, na conferência europeia da Pastoral das Migrações, que termina esta quarta-feira, 11 de março na diocese de Cádiz, em Espanha. O encontro, que este ano cumpre a segunda edição, tem como meta combater não apenas as barreiras físicas mas também as outras fronteiras que os migrantes enfrentam quando estão fora do seu país de origem, tais como o racismo ou a discriminação no mercado laboral. Segundo Zornoza Boy, citado pela agência Fides, a Igreja Católica quer assumir-se como voz e consciência crítica, de modo a que os responsáveis do mundo político possam agir com justiça e igualdade, no respeito dos direitos das pessoas e dos tratados internacionais. Em concreto, o bispo realça a situação do Estreito de Gibraltar, onde se assiste frequentemente ao drama mais trágico daqueles que querem atravessá-lo com barcas, botes ou outros modos perigosos e ilegais, com consequentes mortes violentas, naufrágios e desastres.