Exército da Nigéria proí­be os profissionais da comunicação de chegarem próximo dos locais onde se registam confrontos com o grupo islamita Boko Haram. Sindicato pede levantamento das restrições
Exército da Nigéria proí­be os profissionais da comunicação de chegarem próximo dos locais onde se registam confrontos com o grupo islamita Boko Haram. Sindicato pede levantamento das restrições a União de Jornalistas Nigerianos (UJN), em associação com a organização de editores, lançou esta semana um apelo para que as autoridades permitam a deslocação dos jornalistas às zonas onde se registam confrontos entre o exército e os extremistas do Boko Haram, para que possam informar sem estarem limitados a fazer eco de informações que não podem confirmar. É urgente que os jornalistas façam a cobertura dos combates no nordeste do país, através de informações em primeira mão, afirmou o presidente da UJN, Malam Garba Mohammed, assinalando ser desmoralizante ouvir o porta-voz do exército enquanto diz apenas o que os militares querem que os nigerianos saibam. Em abril do ano passado, por exemplo, os jornalistas foram proibidos de visitar Chibok, depois do sequestro de mais de 200 estudantes por parte do Boko Haram. Segundo a agência Misna, não são só os jornalistas que pretendem verificar as versões transmitidas pelas forças armadas. Também um fórum de líderes de Borno, um estado onde os combates são mais intensos, tomou posição sobre o assunto: as autoridades nigerianas teriam mais crédito se os líderes de opinião e os jornalistas fossem levados a Monguno, Baga e outras localidades que se disse terem sido libertadas.