Primeiro-ministro australiano considera «profundamente dececionante» o fracasso do país na tentativa de redução da desvantagem crónica em que se encontram os povos aborígenes
Primeiro-ministro australiano considera «profundamente dececionante» o fracasso do país na tentativa de redução da desvantagem crónica em que se encontram os povos aborígenes Têm-se registado avanços em alguns setores da saúde e educação, mas a maior parte dos objetivos não foram alcançados, apesar dos esforços de vários governos, pelo que deverá fazer-se mais pela comunidade mais pobre do país, afirmou o primeiro-ministro australiano, Tony abbot, em reação ao relatório anual sobre a divisão entre os aborígenes e os outros habitantes da austrália. O documento propõe várias metas nos campos da saúde, educação e mortalidade infantil, para melhorar a vida dos aborígenes, que vivem em zonas isoladas e pobres e têm expectativas de vida significativamente mais baixas que o resto dos australianos. Embora nos últimos anos se tenha conseguido reduzir as taxas de mortalidade e aumentar a prevenção das doenças cardíacas, muitos dos objetivos não foram alcançados. Estamos a tentar recuperar uma desvantagem de muitas gerações. Isso não se pode alcançar de um dia para o outro, a menos que consigamos estabelecer metas exigentes sobre o que devemos realizar em conjunto, sublinhou o governante, anunciando, que tal como o ano passado, vai passar uma semana com as comunidades indígenas para as convidar e envolverem-se mais na luta pela desigualdade. Para o líder trabalhista, Bill Shorten, o relatório apresenta duas nações: Uma em que as pessoas podem olhar para a frente e ter uma vida longa, e a outra, com uma vida mais dura, mais curta, onde o analfabetismo, a depressão, a dependência e o suicídio são comuns. Numa população de 23 milhões de pessoas, há meio milhão de aborígenes, que sofrem em grande parte níveis desproporcionados de doenças, problemas sociais e desemprego.