Retirada das tropas internacionais e da maior parte das organizações não governamentais estrangeiras está a fazer-se sentir nos í­ndices de desenvolvimento do país. Falta de confiança na economia local faz aumentar a fuga de capitais
Retirada das tropas internacionais e da maior parte das organizações não governamentais estrangeiras está a fazer-se sentir nos í­ndices de desenvolvimento do país. Falta de confiança na economia local faz aumentar a fuga de capitais O afeganistão, que já se encontrava num dos últimos lugares em matéria de desenvolvimento, está a sofrer duros golpes na sua economia com a retirada da força de paz internacional.como a saída dos militares estrangeiros só ficou concluída em finais do ano passado, preveem-se novas quebras no crescimento económico para os próximos meses, tendo em conta que grande parte das organizações estrangeiras de apoio ao desenvolvimento também se retirou por questões de segurança. a economia do país já perdeu um terço do seu valor e o problema parece difícil de ultrapassar num futuro próximo, devido ao aumento dos encargos sociais do Estado e ao facto dos cofres públicos estarem cada vez mais vazios. Segundo dados do Banco Mundial, a previsão de crescimento este ano é de apenas 1,4 por cento, contra os 14 por cento alcançados em 2012. a falta de confiança na capacidade do governo em lidar com a crise, combater a corrupção e proteger as infraestruturas essenciais faz temer também uma fuga massiva de capitais. Os especialistas assinalam que foi feito pouco nos quatro anos anteriores à saída dos Estados Unidos da américa e seus aliados, que entre 2001 e 2014, gastaram no país mais de 800 milhões de euros na gestão das suas bases e contingentes e cerca de 88 mil milhões de euros em projetos de desenvolvimento. Também se perderam dezenas de milhares de empregos, tanto para afegãos como para estrangeiros, que serão difíceis de recuperar com a atual conjuntura.