a atriz e enviada especial do alto Comissariado para os Refugiados, angelina Jolie, considera que a comunidade internacional «está a falhar» com os milhares de deslocados do Iraque
a atriz e enviada especial do alto Comissariado para os Refugiados, angelina Jolie, considera que a comunidade internacional «está a falhar» com os milhares de deslocados do Iraque Uma realidade chocante que exige a atenção imediata da comunidade internacional. Este foi o apelo deixado esta semana pela atriz e enviada especial do alto Comissariado para os Refugiados (aCNUR), angelina Jolie, depois de uma visita aos refugiados sírios e deslocados do Iraque, na região do Curdistão. a expansão do conflito da Síria tem sido devastadora. a brutalidade do conflito e a velocidade e escala dos deslocamentos chocaram o mundo. a ajuda chegou, mas não é suficiente, afirmou a norte-americana, salientando que só nos últimos seis meses mais de dois milhões de pessoas foram forçadas a sair de suas casas, desta vez cidadãos iraquianos. Durante a visita ao campo de refugiados de Khanke, a atriz encontrou-se com os deslocados internos do Iraque e com mulheres idosas que se encontravam entre os 196 reféns Yazidis recentemente libertados por rebeldes. O campo alberga mais de 20 mil pessoas da minoria Yazidi que fugiram de Sinjar, na província iraquiana de Nineveh, após a entrada na região de militantes do Estado Islâmico (EI). Nada nos pode preparar para as histórias horrendas destes sobreviventes de sequestro, abuso e exploração e também para o facto de que estes não dispõem da ajuda urgente que necessitam e merecem, afirmou angelina Jolie, relatando que conheceu mães cujos filhos foram raptadas pelo EI e que, enquanto mãe, não consegue imaginar um horror maior. Não chega defender os nossos valores nos nossos países. Temos de os defender aqui, nos campos e nos assentamentos informais pelo Médio Oriente, tal como nas cidades arruinadas da Síria e Iraque. Isto serve como um teste para nós, enquanto comunidade internacional e até agora – independentemente de todos os esforços imensos e boas intenções – estamos a falhar, concluiu a enviada especial do aCNUR.