Papa Francisco elege a luta contra a indiferença como um dos desafios mais urgentes para os cristãos. Na sua mensagem para a Quaresma, pede a renovação da Igreja, das comunidades e de cada um dos fiéis
Papa Francisco elege a luta contra a indiferença como um dos desafios mais urgentes para os cristãos. Na sua mensagem para a Quaresma, pede a renovação da Igreja, das comunidades e de cada um dos fiéis Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros, não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença. () Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar, afirma o Papa Francisco, na sua mensagem para a Quaresma 2015, divulgada esta terça-feira, 27 de janeiro. Para o Pontífice, esta atitude é contrária à atitude de Deus, que não nos olha com indiferença, mas tem a peito cada um de nós, conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa procura, quando O deixamos. Por isso, e dado que a indiferença para com o próximo e para com Deus é uma tentação real, Francisco apela a que se aproveite a Quaresma como um tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis. a Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como Ele. Verifica-se isto quando ouvimos a Palavra de Deus e recebemos os sacramentos, nomeadamente a Eucaristia. Nesta, tornamo-nos naquilo que recebemos: o corpo de Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a tal indiferença que, com tanta frequência, parece apoderar-se dos nossos corações; porque, quem é de Cristo, pertence a um único corpo e, n’Ele, um não olha com indiferença o outro, refere o Santo Padre. Na mensagem, o Papa exorta ainda a que toda a Igreja se una em oração, aderindo em massa à iniciativa 24 horas para o Senhor, agendada para 13 e 14 de março. Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento humano, sentindo ao mesmo tempo toda a nossa incapacidade de intervir. Que fazer para não nos deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência? Em primeiro lugar, podemos rezar na comunhão da Igreja terrena e celeste. Não subestimemos a força da oração de muitos!, sublinha o Pontífice.