Projeto desenvolvido por estudantes espanhóis permite vigiar os animais em tempo real e de forma mais económica. O abate ilegal de rinocerontes e elefantes em África aumentou 63 por cento na última década
Projeto desenvolvido por estudantes espanhóis permite vigiar os animais em tempo real e de forma mais económica. O abate ilegal de rinocerontes e elefantes em África aumentou 63 por cento na última década Uma equipa de quatro estudantes da Universidade Politécnica da Catalunha (Espanha) desenvolveu um avião não tripulado para combater a caça furtiva de rinocerontes e elefantes em África, um crime que aumentou 63 por cento nos últimos 10 anos. O projeto foi apoiado pela organização Wildlife Conservation UaV Chalenge e permitirá aos parques nacionais controlar esta prática ilegal, de forma mais efetiva e económica, segundo um comunicado emitido pelo estabelecimento de ensino espanhol. Batizado com o nome de Ranger Drone, o aparelho, de baixo custo, está preparado para ser utilizado nos parques naturais dos diferentes países africanos, através de introdução das coordenadas no sistema, o que permite que cumpra as missões aéreas sem nenhum tipo de comando à distância. Está equipado também com uma câmara térmica para detetar os caçadores furtivos e os estudantes estão a trabalhar para incorporar ainda um sistema de deteção de sons. Segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), citado pela agência Europa Press, estima-se que existam perto de 690 mil exemplares de elefantes e rinocerontes em África. Entre 2010 e 2012, perto de 100 mil destes mamíferos terão sido mortos pelos caçadores furtivos, sobretudo na Tanzânia e Moçambique, devido ao aumento da procura de marfim pelo mercado asiático. Estudos recentes revelam que a população das duas espécies está a diminuir a um ritmo de dois por cento ao ano.