a chuva forte que tem caí­do nas últimas semanas no continente africano está a provocar graves inundações em Moçambique e no Malawi. Mais de 300 mil pessoas foram afetadas e 130 mil estão sem alimentos e água potável
a chuva forte que tem caí­do nas últimas semanas no continente africano está a provocar graves inundações em Moçambique e no Malawi. Mais de 300 mil pessoas foram afetadas e 130 mil estão sem alimentos e água potável O primeiro balanço das inundações que atingem sobretudo Moçambique e Malawi, feito pela organização não governamental ajuda em ação, aponta para mais de uma centena de mortos, 300 mil afetados e 130 mil deslocados.como as previsões indicam que vai continuar a chover até março, teme-se o pior. É com profunda tristeza que todos acompanhamos os infelizes acontecimentos que estamos enfrentado nesta estação chuvosa desde meados de janeiro, causando vítimas humanas, destruição de habitações, machambas, vias de acesso e diversos bens materiais, afirmou a Fátima Missionária o bispo da diocese de Gurué (Moçambique), Francisco Lerma. Segundo o prelado, a sua diocese ficou isolada do resto do país, devido ao desabamento de pontes e derrocadas em diversas estradas, está sem comunicações telefónicas e privada de abastecimento de energia. Visto que as chuvas vão até ao mês de março, existe a triste probabilidade de vir a acontecer o pior, adiantou o bispo, apelando à solidariedade dos cristãos para aliviar o sofrimento das vítimas da intempérie. além da destruição de infraestruturas básicas nos dois países, as inundações trazem consigo outros perigos, como a proliferação de focos de mosquitos e a consequente propagação da malária e outras doenças relacionadas com a contaminação dos poços. O gado e o cultivo, principais fontes de rendimento da população, também foram afetados: só em Moçambique, 116 mil famílias viram devastadas as suas culturas e milhares de hectares ficaram alagados. No Malawi, o governo declarou o estado de emergência em 15 dos 28 distritos, e as previsões para as próximas duas semanas apontam para a ocorrência de novos temporais. Na zona de Machinga, por exemplo, mais de 1. 500 famílias perderam as suas casas, o mesmo acontecendo com 800 agregados familiares de Neno. Estamos a falar de famílias que perderam os seus meios de subsistência. E as inundações não acabam quando se for a água, vão ter consequências durante anos, pelo que é fundamental que estes pequenos agricultores e produtores de gado recebam ajuda o mais rápido possível para garantir as suas condições de vida durante e depois da emergência, alerta o coordenador de campanhas da ajuda em ação, alberto Casado.