até 2019, a situação global de empregos vai piorar, alerta agência das Nações Unidas. Segundo a OIT, a economia mundial não tem condições para atenuar as diferenças sociais
até 2019, a situação global de empregos vai piorar, alerta agência das Nações Unidas. Segundo a OIT, a economia mundial não tem condições para atenuar as diferenças sociais a situação global de empregos vai piorar até 2019, alerta a Organização Internacional do Trabalho (OIT), no relatório Panorama Social e de Empregos Mundial, lançado esta semana pela agência da Organização das Nações Unidas (ONU).

O relatório mostra que em 2014, 201,3 milhões de pessoas estiveram desempregadas no mundo inteiro. E as perspetivas para os próximos cinco anos não são muito boas. Isso tem como justificação, em primeiro, o baixo crescimento económico e, em segundo, o aumento dos níveis de desigualdade no mundo inteiro, disse Vinícius Pinheiro, vice-diretor do escritório da OIT em Nova Iorque, em declarações à Rádio ONU. De acordo com a OIT, o número de desempregados no último ano atingiu 31 milhões de pessoas a mais do que antes do início da crise económica global de 2008. Os especialistas da organização preveem que o desemprego aumente em 3 milhões em 2015 e em 8 milhões por ano até 2019. No documento, os especialistas indicam que a economia mundial continua a prosperar em taxas muito menores ao que acontecia antes da crise económica e não tem condições de atenuar as diferenças sociais e de empregos que apareceram. O relatório mostra que o deficit de emprego global, índice que mede o número de postos de trabalho perdidos desde o começo da crise, está em 61 milhões. Segundo os peritos, para terminar com essa diferença, levando-se em consideração os jovens que entram no mercado de trabalho, será preciso criar 280 milhões postos de trabalho nos próximos cinco anos. a OIT também destaca que a criação de empregos está a melhorar nas economias mais avançadas. Contudo, continua muito difícil na Europa. O relatório mostra que as desigualdades de salários aumentaram causando um atraso na recuperação económica e do mercado de trabalho. Em média, o documento diz que os dez por cento mais ricos ganham entre 30 e 40 por cento do total dos salários. Em comparação, os dez por cento mais pobres recebem apenas dois por cento desse dinheiro. Mas a OIT afirma que a situação pode mudar se forem feitos investimentos corretos e criadas políticas sociais, de trabalho e de renda específicas para lidar com os problemas. a agência alerta ainda para a importância da adoção de reformas dos mercados de trabalho para apoiar a participação, promover a qualidade dos empregos e aperfeiçoar as habilidades dos trabalhadores.